Magnésio e sono: o que a ciência revela sobre esse mineral essencial

Dormir mal deixou de ser um problema isolado para se tornar uma questão de saúde pública. Dados da Associação Brasileira do Sono apontam que ao menos 73 milhões de brasileiros sofrem com insônia ou distúrbios relacionados ao sono. Em meio às inúmeras alternativas que prometem noites mais tranquilas, um velho conhecido da bioquímica do corpo humano tem ganhado destaque nas pesquisas científicas: o magnésio.

Presente naturalmente em alimentos como banana, aveia, amêndoas e vegetais verdes escuros, o magnésio é um mineral essencial para o funcionamento do sistema nervoso. Diversos estudos recentes indicam que ele pode ter um papel decisivo na regulação do sono. A explicação está na sua atuação sobre o GABA (ácido gama-aminobutírico), um neurotransmissor que ajuda a “desacelerar” o cérebro e induzir o relaxamento. É justamente esse efeito calmante que tem despertado o interesse de médicos e nutricionistas.

Um estudo publicado pelo Journal of Research in Medical Sciences mostrou que a suplementação com magnésio em idosos resultou em aumento significativo do tempo total de sono, além de melhorias no tempo necessário para adormecer e na qualidade geral do descanso. Já uma revisão da Universidade de Vermont, nos Estados Unidos, reforçou que o mineral pode reduzir os níveis de cortisol — o hormônio do estresse —, favorecendo o equilíbrio do ciclo circadiano, responsável por regular o sono e a vigília.

Apesar de ser encontrado em diversos alimentos, a deficiência de magnésio é mais comum do que se imagina. O solo pobre em nutrientes, o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados e o estresse crônico são alguns dos fatores que dificultam sua absorção ou aumentam sua eliminação pelo organismo. Entre os sintomas mais frequentes da carência estão insônia, fadiga, irritabilidade, cãibras e ansiedade — todos com impacto direto na qualidade de vida.

Com isso, cresce a procura por suplementos de magnésio como alternativa segura e natural para melhorar o sono. Formas como magnésio glicina, citrato e treonato são consideradas as mais eficazes, especialmente por apresentarem maior biodisponibilidade — ou seja, maior capacidade de absorção pelo corpo. A recomendação, no entanto, é que a suplementação seja orientada por um profissional de saúde, evitando excessos que podem gerar efeitos colaterais como diarreia ou queda da pressão arterial.

Ao contrário dos remédios para dormir, que muitas vezes causam dependência e efeitos adversos a longo prazo, o magnésio não apresenta riscos quando utilizado corretamente. Além disso, seu uso contínuo pode trazer outros benefícios à saúde, como a melhora do humor, a regulação da pressão arterial e o bom funcionamento muscular. Trata-se, portanto, de uma solução mais completa e integrada ao cuidado com o bem-estar.

Para quem busca uma rotina mais equilibrada, investir em bons hábitos noturnos — como evitar telas antes de dormir, manter um ambiente escuro e silencioso e adotar uma alimentação rica em magnésio — pode ser o primeiro passo. Em casos persistentes de insônia, vale a pena considerar o uso de suplementos como aliados nesse processo.

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