A suplementação alimentar deixou de ser um tema exclusivo para atletas e entrou de vez no dia a dia de quem busca saúde, disposição e longevidade. Com o passar dos anos, o corpo humano sofre mudanças naturais que afetam a absorção de nutrientes e a produção de substâncias essenciais para o funcionamento do organismo. Por isso, entender a importância da suplementação é crucial para manter uma boa qualidade de vida, especialmente após certa idade.
A partir dos 30 anos, processos como a perda gradual de massa muscular, redução na produção de colágeno e diminuição na capacidade de absorção de vitaminas e minerais começam a ser mais perceptíveis. Estudos publicados no Journal of Nutrition apontam que a biodisponibilidade de nutrientes como cálcio, magnésio e vitaminas do complexo B tende a diminuir com a idade, o que pode impactar a saúde óssea, imunidade e até o nível de energia diário.
Embora uma dieta equilibrada seja a base de uma vida saudável, ela nem sempre consegue suprir todas as necessidades do organismo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), fatores como o uso intensivo de pesticidas, o empobrecimento do solo e os processos de industrialização dos alimentos podem reduzir a quantidade de nutrientes disponíveis nas comidas que consumimos. Isso explica por que, mesmo comendo bem, muitas pessoas enfrentam deficiências nutricionais.
Além disso, o estilo de vida moderno, caracterizado por alta carga de estresse e pouca exposição ao sol, também contribui para a necessidade de suplementação. A vitamina D, por exemplo, essencial para a saúde óssea e imunológica, é uma das mais deficientes na população global. Estudos indicam que mais de 50% da população mundial apresenta baixos níveis dessa vitamina, principalmente em áreas urbanas.
Os suplementos não apenas preenchem lacunas nutricionais, mas também potencializam treinos e promovem bem-estar. Para aqueles que praticam exercícios físicos, a suplementação pode auxiliar na recuperação muscular, no ganho de força e na disposição. Para o público em geral, ela pode melhorar a imunidade, a saúde cognitiva e até retardar os sinais do envelhecimento, como a perda de colágeno, que é fundamental para a pele e articulações.
Entre as opções mais populares de suplementação estão as vitaminas D e B12, além de minerais como o magnésio e o cálcio, que desempenham papéis cruciais na saúde óssea e muscular. Já o ômega-3, com propriedades anti-inflamatórias, é excelente para a saúde cardiovascular e cerebral. A partir dos 40 anos, o colágeno hidrolisado também se torna um grande aliado na manutenção da elasticidade da pele e da saúde articular.
No entanto, é fundamental lembrar que a suplementação deve ser personalizada e acompanhada por profissionais de saúde, como nutricionistas e médicos. “O excesso de alguns nutrientes pode ser tão prejudicial quanto a deficiência. Um bom planejamento nutricional garante os benefícios sem colocar a saúde em risco”, alerta a Sociedade Brasileira de Nutrição (SBAN).
Para quem busca começar a suplementar, um bom ponto de partida é realizar exames periódicos para identificar as principais deficiências. A partir disso, um profissional pode indicar a dosagem e os produtos mais adequados. Nunca tome suplementos sem orientação, pois cada organismo é único e possui necessidades diferentes.
A dica de ouro é simples: alie suplementação, alimentação equilibrada e um estilo de vida ativo para alcançar seus objetivos. Lembre-se de que o objetivo não é substituir alimentos, mas sim complementá-los para viver com mais saúde, energia e bem-estar em todas as fases da vida.